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Menos e-mails, menos estresse e mais satisfação em 2025? Agradeça à inteligência artificial e à automação.


Com o lançamento da versão mais poderosa do ChatGPT em janeiro de 2025, teremos um ano que promete mudanças significativas para a nossa vida profissional.


Toda semana surge uma nova ferramenta de I.A. que nos ajuda a ganhar tempo.


Isso não se aplica a todos, é claro, mas em especial às pessoas que se enquadram nos seguintes requisitos:


·         Trabalham em atividades intelectuais (como é o caso dos advogados);

·         Passam o dia respondendo e-mails; e

·         Que saberão implementar a Inteligência Artificial em sua rotina.


A crescente necessidade de trabalho focado é nova. Na era industrial, havia um grupo pequeno de profissionais para o qual a imersão no trabalho era crucial, mas a maioria dos trabalhadores não precisava se concentrar tanto. Eles eram pagos para apertar parafusos e seu trabalho não mudaria muito ao longo das décadas.


Mas, na era da informação, cada vez mais a população é trabalhadora do conhecimento, e o trabalho focado se torna a principal moeda, mesmo que a maioria ainda não tenha reconhecido essa realidade.


Um estudo da McKinsey descobriu que o trabalhador do conhecimento mediano gasta mais de 60% da semana de trabalho envolvido em comunicação eletrônica e pesquisa na internet, com cerca de 30% do tempo de um trabalhador sendo dedicado a ler e responder apenas e-mails.


E o problema é que, em uma época de ferramentas de rede, os trabalhadores do conhecimento substituem cada vez mais o trabalho focado (profundo) pela alternativa mais superficial — constantemente enviando e recebendo e-mails, como roteadores humanos, com pausas frequentes para distrações rápidas (redes sociais).


Os esforços maiores, que se beneficiariam de um pensamento absolutamente concentrado, como criar uma nova estratégia jurídica ou redigir um importante contrato de fusão, ficam fragmentados em intervalos distraídos que produzem resultados de qualidade reduzida.


O jornalista Nicholas Carr retratou essa tendência em seu livro, A Geração Superficial, que se tornou finalista do Prêmio Pulitzer.


Ele mesmo disse:


“Passe muito tempo em um estado de superficialidade e reduzirá permanentemente sua capacidade de imersão no trabalho. Parece que a rede devora minha capacidade de concentração e contemplação”.


Aprender ou realizar algo complexo exige uma concentração intensa e ininterrupta de conhecimentos cognitivamente exigentes, porém a maioria dos trabalhadores do conhecimento perdeu a capacidade de realizar trabalho focado.


O trabalho focado não é uma afetação nostálgica de escritores e filósofos do início do século XX. É uma habilidade de grande valor hoje.


Há dois motivos para esse valor.


O primeiro tem a ver com aprendizagem.


Temos uma economia da informação que depende de sistemas complexos que mudam rapidamente. As ferramentas de jurimetria e análise de dados jurídicos, por exemplo, não existiam há dez anos e provavelmente estarão ultrapassadas na próxima década.


Da mesma forma, alguém que entrou para a área jurídica nos anos 1990 provavelmente não fazia ideia de que hoje precisaria dominar o direito digital.

Para permanecer relevante em nossa economia, portanto, você precisa dominar a arte de aprender coisas complicadas rapidamente. Essa tarefa requer um trabalho focado. Se não cultivar essa habilidade, é provável que fique para trás.


O segundo motivo pelo qual o trabalho focado é valioso é porque os impactos da revolução da rede digital apresentam vantagens e desvantagens.


Se você oferece ao mercado algo útil, não há limites de quem você alcançará (p. ex., empregadores ou clientes), o que amplifica sua recompensa.


Por outro lado, se o que estiver produzindo for mediano, então você está encrencado, pois é muito fácil para seu público encontrar uma alternativa melhor online.


Caso seja advogado, escritor, comerciante, consultor ou empresário, sua situação será a mesma: você precisa produzir o melhor material possível, que é uma tarefa que requer profundidade.


A capacidade de realizar trabalhos profundos está se tornando cada vez mais rara, ao mesmo tempo em que se torna cada vez mais valiosa em nossa economia.


Consequentemente, os poucos que cultivam essa habilidade, e a transformam no centro de sua vida profissional, prosperarão.


Eu tenho desenvolvido isso ao longo dos últimos anos, mas em 2024 o meu avanço foi o mais significativo em razão do uso da Inteligência Artificial e da automação, algo que vou aprimorar ainda mais em 2025.


Construo meus dias em torno de um núcleo de trabalho imerso, cuidadosamente selecionado, colocando as atividades superficiais, que simplesmente não consigo evitar, em intervalos menores nas periferias do meu cronograma.


Três a quatro horas por dia, cinco dias por semana, de concentração ininterrupta e cuidadosamente direcionada geram uma produção valiosa.


Meu compromisso com a profundidade também trouxe benefícios não profissionais.


Na maioria das vezes, não toco um computador entre o momento em que chego em casa do trabalho e a manhã seguinte, quando o novo dia de trabalho começa.


Nesse exato momento em que você recebe esse artigo, estou na praia da Guarda do Embaú, no litoral de Santa Catarina. Ele foi escrito e sua publicação foi programada para o dia 27 de dezembro, um recurso simples e que pouca gente usa.


Essa capacidade de me desconectar completamente, em oposição à prática mais padrão de espiar rapidinho alguns e-mails de trabalho ou ceder a pesquisas frequentes de sites ou mídias sociais, me permite estar presente, com minha esposa e ler um número surpreendente de livros para um empreendedor ocupado com três empresas.


A falta de distração na minha vida diminui o zunido de energia mental que parece permear cada vez mais a vida das pessoas. Estou confortável em ficar entediado, e essa pode ser uma habilidade surpreendentemente gratificante, especialmente em uma preguiçosa tarde de verão em Santa Catarina, ouvindo as gaivotas animadas com a chegada de mais um barco de pescadores repleto de peixes.


Este artigo é melhor descrito como uma tentativa de formalizar e explicar minha atração pela profundidade em detrimento da superficialidade e te convidar para conhecer as estratégias que me ajudaram a atender a essa atração.


Meu reconhecimento da hipótese do trabalho focado me ajudou muito em 2024, mas eu estou convencido de que ainda não atingi todo meu potencial.


Eu quero ajudar a revolucionar o campo da advocacia. Quero te convidar a se juntar a mim no esforço de descobrirmos como usar I.A. e automação para nos livrarmos das atividades repetitivas, cultivar a capacidade de produzir valor de verdade em um mundo cada vez mais distraído e reconhecer uma verdade em que acredito: uma vida profunda é uma vida boa.


Para isso, basta clicar nesse link para entrar para a lista de espera do nosso Grupo de Estudos que se iniciará em janeiro de 2025: https://bit.ly/41mdL2n


Um abraço e um ano novo espetacular para você!

 

Mauro Roberto Martins Junior

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