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Escritórios pequenos planejam adotar IA mais rapidamente do que escritórios grandes, mas seus clientes querem mais


Os advogados que atuam sozinhos e os pequenos escritórios de advocacia pretendem adotar a inteligência artificial em um ritmo muito mais rápido do que os seus pares de grandes firmas.


No entanto, os clientes estão ainda mais entusiasmados com a tecnologia, acreditando que ela pode resultar em serviços mais acessíveis, ágeis e de maior qualidade por parte dos seus advogados.


É o que diz o relatório Tendências Jurídicas de 2024 para Escritórios Solo e Pequenas Escritórios, divulgado esse mês pela empresa de gestão de práticas jurídicas Clio.


Com base em dados agregados de clientes da Clio, bem como em uma pesquisa com mais de 1.400 profissionais de escritórios de todos os tamanhos, e em uma outra pesquisa com mais de 1.000 clientes de serviços jurídicos, o relatório examina o estado da prática jurídica para escritórios individuais e pequenos.


Embora o relatório examine uma série de tendências financeiras e tecnológicas, pela primeira vez ele analisou também o impacto da IA nas práticas jurídicas.


Constatou-se que os advogados de escritórios de todos os tamanhos permanecem cautelosos quanto à utilização da IA nas suas práticas.


Pouco mais da metade dos advogados dos escritórios pesquisados acreditam que a IA ainda não está avançada o suficiente para ser confiável, e pouco menos da metade dos advogados nesses grupos também têm quase a mesma probabilidade de alegar que desconfiam da IA.


Mesmo assim, o relatório também conclui que a maioria dos advogados acredita que os benefícios da IA superam os seus custos.


Além disso, dos profissionais jurídicos entrevistados pela Clio, 19% afirmam que já utilizam IA de alguma forma nas suas práticas.


Daqueles que afirmam que ainda não estão utilizando a IA, os advogados que trabalham de forma individual e em pequenos escritórios são muito mais propensos a adotar a IA de forma rápida 40% dos advogados individuais e 35% dos advogados de pequenos escritórios, quando comparados com os 24% dos advogados que atuam em escritórios maiores.


Por forma rápida se compreende adotar a IA em até 6 meses.


Isto faz sentido porque os escritórios menores têm operações mais enxutas e menos recursos e podem, portanto, beneficiar significativamente da automação que a IA pode trazer.


Para escritórios com menos recursos disponíveis, como é frequentemente o caso entre os solo e os pequenos, a IA apresenta um enorme potencial para escalar os negócios e, efetivamente, superar o seu próprio gargalo.


Clientes favoráveis à IA


Mas mesmo que o relatório conclua que muitos advogados parecem prontos para adotar a IA, ele conclui que os seus potenciais clientes são ainda mais favoráveis à tecnologia.


32% dos clientes de serviços jurídicos acreditam que os benefícios da IA superam os custos:


  • 38% dos clientes acreditam que os advogados que usam software baseado em IA podem oferecer serviços mais acessíveis do que aqueles que não o fazem.

  • 32% dos clientes acreditam que os advogados podem fornecer serviços de maior qualidade e agilidade com software de IA.


Em tarefas jurídicas específicas, os clientes também são muito mais favoráveis ao uso da IA do que os seus advogados.


Em praticamente todos os aspectos medidos, os clientes são mais propensos a acreditar que os escritórios de advocacia deveriam usar a IA para tarefas jurídicas comuns, como pesquisa jurídica, e para marketing, cobrança e outras atividades.


O que isto significa para os pequenos escritórios é óbvio, sugere o relatório: os advogados que adotam e comercializam a sua utilização de software de IA podem ter uma vantagem competitiva em marketing.


Como começar?


Muitos advogados acham frustrantes as suas primeiras interações com soluções de IA, como o ChatGPT, Copilot ou Gemini.


Não sabem como dar os comandos corretos e ficam na dúvida sobre qual ferramenta utilizar entre as mais recentes plataformas de IA generativa.


Outra dúvida dos advogados é sobre as finalidades para as quais eles desejam usar software baseado em IA. A maioria pensa apenas nos usos mais básicos, como para a pesquisa jurídica, resumo e redação.


Por fim, sobre os receios referentes aos impactos da IA na profissão, quase um terço (30% e 33%) acreditam que o software de IA tornará os paralegais e estagiários menos necessários, enquanto apenas 23% dos advogados de grandes empresas pensam assim.


E apenas uma minoria de advogados está preocupada com as restrições da OAB ao uso de IA, com 17% dos advogados individuais e 21% dos advogados de pequenas firmas acreditando que os advogados nunca aprovarão práticas que utilizem IA.


Aliás, a própria presidente da OAB-SP já se manifestou na semana passada que o advogado que não utiliza tecnologia na sua prática jurídica, é um advogado limitado.


Uma oportunidade única


A conclusão do relatório sobre o uso da IA é que ela apresenta uma oportunidade única para os advogados individuais e de pequenos escritórios fazerem mais com menos.


Para eles, em particular, a IA apresenta uma oportunidade incrível para automatizar tarefas comuns que, de outra forma, poderiam exigir mais recursos ou tirar tempo do dia atarefado de um advogado e permitir que aumentem a sua capacidade de prestar serviços jurídicos.


Outra oportunidade única é participar da MasterClass LegalPrompt Masters, que resolverá as principais limitações dos advogados no uso das ferramentas de IA que é sobre como dar os comandos (prompts) corretos e obter os melhores resultados e respostas.


De bônus, os advogados descobrirão também qual ferramenta utilizar entre as mais recentes plataformas de IA generativa, as finalidades para as quais eles podem usar a IA e entender melhor sobre os impactos da IA na nossa profissão.


A aula acontecerá no dia 27 de junho, a partir das 19h. Para mais detalhes, clique aqui.


Mauro Roberto Martins Junior

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